Por Anderson Frota
Já rascunhei diversas vezes sobre várias bandas pelas quais tenho admiração. Semprei tenter expor um pouco do que cada uma me transmite com sua música, mas, poucas vezes, me sentiria tão passional quanto agora. Todo o heavy metal deve ao Judas Priest. Todo. Provavelmente o estilo ainda existiria sem eles, mas seria bem diverso do que conhecemos hoje. Algo amálgamado entre o Black Sabbath e o Motorhead, talvez, mas o visual, a postura, a musicalidade, não poderiam ser as mesmas. Iron Maiden, Slayer, Trouble, Ratt, Pantera, Symphony X e tantas outras, tão diferentes entre si, foram, de uma forma ou de outra, influenciadas pelo quinteto de Birmingham.
Da mesma forma, eu também tenho dívidas com eles. Quão grande não foi o impacto que o grupo teve no meu modo de vida: Os amigos que tenho, os livros que leio, as roupas que visto, a minha rotina do dia-a-dia, tudo seria completamente diferente se o Judas Priest nunca tivesse existido ou se eu nunca tivesse tido acesso à sua música. Não foi algo absorvido aos poucos ou que eu tenha aprendido a gostar com a passagem do tempo. Não. Foi instantâneo foi imediato, foi paixão ao primeiro acorde. É claro que todos os discos que escutei quando estava descobrindo o estilo me marcaram, mas o Judas selou definitivamente a coisa toda, tal qual um contrato vitalício. A partir de agora, não há mais como voltar!
Em Screaming for Vengeance, seu oitavo disco de carreira, tudo exala metal antes mesmo do álbum ser posto para rodar. O logo cheio de pontas, o título ameaçador e a capa com a águia estilizada mergulhando para o ataque. Logo ao começo do clássico-mor The Hellion/Electric Eye, um novo capitulo da história do estilo começa a se desenrolar e, é preciso dizer: ninguém, absolutamente ninguém nesse mundo poderia entoar o verso “Eu sou feito de metal” sem soar ridículo! Cantada por Rob Halford, porém, a frase torna-se épica e imponente! Nos seus segundos finais, enquanto o fôlego e os acordes vão se esvanecendo, Dave Holland dá início a Riding on the Wind, tão rápida quanto eram os padrões de velocidade da época. Halford rasga a garganta como somente ele era capaz de fazer e as guitarras soltam uivos no solo. Depois de uma sequência tão intensa, Bloodstone ainda mantém o peso em evidência com um refrão de força coletiva e a evidência do quão variado o disco é.
Em Screaming for Vengeance, seu oitavo disco de carreira, tudo exala metal antes mesmo do álbum ser posto para rodar. O logo cheio de pontas, o título ameaçador e a capa com a águia estilizada mergulhando para o ataque. Logo ao começo do clássico-mor The Hellion/Electric Eye, um novo capitulo da história do estilo começa a se desenrolar e, é preciso dizer: ninguém, absolutamente ninguém nesse mundo poderia entoar o verso “Eu sou feito de metal” sem soar ridículo! Cantada por Rob Halford, porém, a frase torna-se épica e imponente! Nos seus segundos finais, enquanto o fôlego e os acordes vão se esvanecendo, Dave Holland dá início a Riding on the Wind, tão rápida quanto eram os padrões de velocidade da época. Halford rasga a garganta como somente ele era capaz de fazer e as guitarras soltam uivos no solo. Depois de uma sequência tão intensa, Bloodstone ainda mantém o peso em evidência com um refrão de força coletiva e a evidência do quão variado o disco é.
Esse álbum foi um grande e merecido sucesso, inclusive nos Estados Unidos, território que várias bandas queriam conquistar e, provavelmente, para impulsionar essa meta é que Take These Chains, que é um cover, e Fever soam mais americanizadas, mas sem que isso signifique perda de qualidade. Quando entra a faixa título, o Heavy Metal frenético volta a soar e a mais emblemática dupla de guitarristas da história do metal se destaca, fazendo, no solo, aquilo que os Helloween's e Gamma Ray's transformariam em estilo.
Tem quem ache You´ve Gota Another Thing Coming uma música maçante, mas eu a considero genial. Um clássico que insiro tranquilamente entre minhas cinco canções favoritas da banda. A música tem um refrão sensacional e, arrisco dizer, reflete muito do que o Accept viria ainda a fazer ao longo de sua carreira. Além do mais, o seu andamento irresistível é cortesia do baixo seguro de Ian Hill. Para quem não sabe, foi Ian quem formou o Judas junto com KK Downing e se, por um lado ele prefere se manter discretamente na parte posterior do palco, por outro a cabeça do sujeito não para de balançar, a não ser nos momentos em que ele empunha e joga o baixo como se fosse uma alavanca.
No final, a última faixa fecha o álbum de forma absolutamente clássica. Devil´s Child é o Judas Priest dos anos setenta com a produção dos oitenta. É uma música que não soaria deslocada caso estivesse em um disco como Stained Class, por exemplo. Por mais variadas que tenham sido as fases pelas quais a banda passou, a assinatura que permeia todas as suas composições é sempre a mesma. Com uma ou outra diferença de produção, qualquer música, de qualquer disco, não se distancia da obra, vista de modo geral. Isso é personalidade, isso é talento, isso é o que me faz ser fã e ter, na expectativa de cada novo trabalho, a ansiedade mesclada com a memória afetiva da primeira vez que eu ouvi falar que existia uma banda chamada Judas Priest. Ouvir essas músicas, esse padrão de composição, é ter contato com algo que está sintonizado com minhas sinapses e, a cada nova audição, me faz relembrar de quem eu sou e sempre agradecer por isso.
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