Por: Anderson Frota


A introdução de Angel of Death, com as palhetadas preparando o terreno para a entrada do grito de Tom Araya simultâneo com o ataque da bateria é um daqueles momentos que desafiam a contenção. Por mais que se aumente o volume do som, ao escutar essa música, o máximo nunca é suficiente.
Outra constatação desse álbum é a de que criatividade não significa encher o disco com looongos minutos de música. Isso é uma idéia equivocada que veio com a popularização do cd. Quando os discos poderiam ter no máximo uns 40 minutos de duração, você tinha mais ânimo para ouvi-los repetidas vezes. No momento que os cd´s passaram a oferecer a disponibilidade para setenta e tantos minutos de capacidade, não faltou artista que, sob a falsa premissa de oferecer mais em troca do dinheiro dos fãs, entupiram seus trabalhos com qualquer resto de inspiração que tivessem. Discos que, se mais enxutos, poderiam ter se tornado novos clássicos, entraram para a história como aborrecimentos paquidérmicos. Reign in Blood nasceu com menos de trinta minutos e cada segundo é literalmente matador. Sem qualquer exagero, a música contida aqui não agride apenas pelo peso, velocidade, ou pelo vocal gritado, mas também pela aura maligna. A maioria das bandas thrash, tão agressivas quanto, transparecem apenas violência em suas músicas, mas o Slayer vai além e exala tanto a violência quanto a obscuridade. Sem deixar de mencionar músicas que se eternizaram nas apresentações, tal qual Angel of Death e Raining Blood, e de outras essenciais como Altar of Sacrifice, eu tenho que destacar duas faixas pouco lembradas, que juntas somam apenas 4 minutos e meio, com andamentos e métricas bem distintos dentro da discografia da banda: Reborn e Epidemic.
Outra constatação desse álbum é a de que criatividade não significa encher o disco com looongos minutos de música. Isso é uma idéia equivocada que veio com a popularização do cd. Quando os discos poderiam ter no máximo uns 40 minutos de duração, você tinha mais ânimo para ouvi-los repetidas vezes. No momento que os cd´s passaram a oferecer a disponibilidade para setenta e tantos minutos de capacidade, não faltou artista que, sob a falsa premissa de oferecer mais em troca do dinheiro dos fãs, entupiram seus trabalhos com qualquer resto de inspiração que tivessem. Discos que, se mais enxutos, poderiam ter se tornado novos clássicos, entraram para a história como aborrecimentos paquidérmicos. Reign in Blood nasceu com menos de trinta minutos e cada segundo é literalmente matador. Sem qualquer exagero, a música contida aqui não agride apenas pelo peso, velocidade, ou pelo vocal gritado, mas também pela aura maligna. A maioria das bandas thrash, tão agressivas quanto, transparecem apenas violência em suas músicas, mas o Slayer vai além e exala tanto a violência quanto a obscuridade. Sem deixar de mencionar músicas que se eternizaram nas apresentações, tal qual Angel of Death e Raining Blood, e de outras essenciais como Altar of Sacrifice, eu tenho que destacar duas faixas pouco lembradas, que juntas somam apenas 4 minutos e meio, com andamentos e métricas bem distintos dentro da discografia da banda: Reborn e Epidemic.
Cada um dos três primeiros discos do Slayer é bem diferente do outro, mas cada um preserva o caráter da banda e, inevitavelmente, estabeleceu novos direcionamentos para o metal como um todo. Reign in Blood foi o seu ápice e, depois disso, não havia mais para onde ir. South of Heaven e Seasons in the Abyss são excelentes, mas não inovaram. Trouxeram novos clássicos, mas navegaram dentro da musicalidade criada até então e, por conta do resultado de Reign in Blood, todo novo trabalho passou a tê-lo como parâmetro. Se por um lado isso deve incomodar os artistas, por outro é um privilégio. É melhor ter um grande trunfo na discografia do que ter uma produção marcada apenas pela medianidade. E ser mediano, definitivamente, não é para aqueles quem reinam no sangue
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